Chuva que lambe a terra
e molha o verde,
imita a lágrima
que enche os olhos
e molha o rosto.
Só que a chuva que lambe a terra
é alegria do depois,
é arco-íris de beleza,
enquanto lágrimas
sinônimo são de tristeza,
é impotência iminente,
é falência das almas.
Como uma equação matemática,
a chuva deve ser apreciada,
assim como toda a lágrima
rechaçada.
Perseguir a alegria do arco-íris
que vem depois
e a renovação do verde
que reveste os vales
é valorizar a vida
dando ênfase à alegria,
harmonia, lucidez
e felicidade.
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