Pertinaz verdugo de caráter insolente,
Existência impura de grilhões embevecido,
Paira nas sombras do sofrer tão inclemente,
Mourejado, de vislumbre entristecido.
Na ousadia do sofrimento, extenuado,
Enlanguecido por sustentáculo lancinante,
Clama ao peito de tristeza ultrajado,
Melancolia de um final dilacerante.
No vilipêndio a soçobrar, qual enganado,
Estultice inglória de macabro existir,
São tormentos ao desterro condenado,
Chagas profundas retardando o evoluir.
Pretérito insano quantas vezes sem memória,
Rejubilado ao sabor da vilania,
Resgate impuro, sem alento da vitória,
Sombra inclemente no fenecer da tirania. |