Dorme em paz oh singela criança,
Transcendência de pureza envolvente,
No silêncio dessa noite, em paz descança,
Enlevada pelos sonhos tão somente.
Culminância de majestade alcançada,
A pairar lépida entre anjos tão risonhos,
Redescobre mais uma vida ultrapassada,
Queda silente, enobrece os teus sonhos.
Reminiscência de retalhos coloridos,
Coligidos no explendor da existência,
És como lírios pelo orvalho umedecidos,
Virginal crisálida de ternura e inocência.
Quão feliz se nessa vida de amargura,
Pelos caminhos de imensurável dissabor,
Outra infância em noss alma, porventura,
Trouxesse paz, serenidade e mais amor. |