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Poesias-->Cronos e dança -- 29/11/2002 - 19:50 (Quincas Coelho) |
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Espirito
Espirito
Enfermo dos olhos
Que não chora
E da fobia que acorrenta
Mórbida
Vagando para os que
Pôr amor
Liberta da alma
O enclausurado sono
Sendo este sonho, compaixão
Do espirito
Enfermos do espirito
Amam
Do espectro
Que nos anjos padecem
E nos homens florecem
Faunos, guardadores de sepulcros
Urupês
Do espectro
Enfermos espectros
Amam
Do espirito
Espectros
Outono
Cinsa, como observa o passo
Camuflando-se em folhas
O despertar de um pássaro
E cronos
Que não se farta de passados
Canta em suspiros nostalgicos
Um cantico de morte
Que em crescer uníssono
Nascem os pássaros
Morrem as folhas
Cinza, como observa o passo
Que em nostalgica dança
Encontran-se verdes passados
Inverno
Um coração que não ama
A neve que mata a andorinha exausta...
Amor aos quatro cantos do timbrado
O fardo sobre a sombra da faia
Leve se fez
Como quem amas o vinho explícito
E sonhas com Arcádia bucólica
Onde dorme Castro
Por rogar ao sono, piedade
Escrevo-te ó inverno, gênio rústico
Conspiras-te contra o sol
E possúi-me como aliado
Pois pesar, que ao labor retorna
Tendo um poeta como fardo
Dança fúnebre
Ao deleitar-se de paixões
Das quais vislumbram as borboletas
Pousando sobre a lápide...
Uma dança espetáculo...
Do qual faz parte a morte
E os pássaros
Nesta dança
Ao reluzir do corpo
De aspécto gélido
Fulguram ludibriados sonhos
Cantam os pássaros
Voam as borboletas...
E estando o corpo descrente
De qualquer metáfora fúnebre
O inexorável canto
Ode a desgraça vil
Quando dança
Sob o verde que traz esperança
De súbito enfim a borrasca
Tendo o homem imundo, a desgraça
De ser cláusuro da morte
E do cadáver que ama
Ama onde o tempo não mais canta
E chora ao sufocar-se ébrio
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