Qual bando triste de pássaros cansados,
Ao fim do dia lá vão eles dispersados,
Buscando abrigo na mais torpe desventura.
Crianças pobres pelos pais abandonadas,
No lusco-fusco das cidades engalanadas,
Sem esperança, nem futuro, nem ternura.
Que tristeza, meu Deus, somos culpados,
Da miséria desses seres ultrajados,
Nossos filhos mergulhados na orfandade.
Quanto desprezo, egoísmo e omissãso,
Chagas pungentes que jamais nos deixarão,
Pelos caminhos de profunda veleidade. |