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Poesias-->Poética 2002 -- 24/11/2002 - 16:21 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha poética é não ter uma poética.

Minha poética é dialética.

É desejar ser grego, e como grego,

Cantar o Parnaso, O Olimpo e as Musas.

E como os bárbaros, render numa única canção, graças

Para o Pobrezinho de Assis, Nietzsche e as Walquírias.

Como os parnasianos, quero trancar-me

Numa torre de marfim para saltar

Logo depois em prosa medieval e surrealista

Ou no meio das baladas russas à The Beatles.

É sendo Brasileiro, escrever em inglês, francês e latim.;

E sendo universal, cantar as belezas de minha Valença.



Minha poética é ser livre com meus versos.

É acordar meia-noite, romanticamente embriagado,

Escrever um soneto renascentista ao Raio Laser,

Ou versejar concretamente sobre Ovídio e Tróia.

É poder voar nas asas de Pégaso e do Condor

Para falar, dentro de um poema, do socialismo,

Do erotismo e da ameixa podre na geladeira.

É verter uma torrente de metonímias macabras,

E anáforas, e polissíndetos e hipérbatos.

Cometer todos os barbarismos de sintaxe e expressão

–OS impossíveis, os impensáveis e (principalmente) os convencionais.



Minha poética gosta de glosar os temas de Shakespeare

Com métrica mandarim–tupinambá,

Ou escrever ditirambos para Dioniso em língua vulgar,

Aniquilar todas as regras de um soneto tedesco

E ser fiel as normas de um soneto alemão.

É ser urbano e provinciano.; rural e cosmopolita.;

Inspirado, ingênuo e estúpido com meus versos.



Minha poética é poder escrever meus versos, e nada mais…

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