A vida amanheceu insinuando amores,
Na breve e tão sublime aurora da existência.;
Os ares eternais, em perfumada essência,
Singravam levemente os pássaros cantores.
Aquela vida amena, em cor e fluorescência,
Trazia-me sorrindo, em pétalas de flores,
A paz tão ansiada e rica de esplendores,
Um sonho de viver no berço da inocência.
Ah! Tudo era vida em sempiterno gozo,
Como quem beija a rosa a renascer nos prados,
Como quem sorve o mel dum fruto capitoso.
Ah! Proteção materna - as aves nos seus ninhos,
Em que não se colhiam a não ser cuidados,
Em que não se colhiam a não ser carinhos.
Sábado, 23 de novembro de 2002. |