Usina de Letras
Usina de Letras
39 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63159 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51649)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6349)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A Idade da Loba: Morte, Renascimento, Plenitude -- 07/11/2002 - 00:21 (Maria de Fátima Lima Castanheira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Idade da Loba: Morte, Renascimento, Plenitude



( I )

Quanto ar existe

nesse lugar estreitado

de pura e insuportável impermanência?

De suas passagens secretas

e tesouros antigos

é dona essa mulher de quarenta

que reinventa esse espaço

e dele retira todo o ar

que precisa para respirar.



( II )

De quem é esse corpo,

essa cara, meu Deus?

Quanto mais não me reconheço

nesse caminho desabaladamente descendente

mais dele me ocupo

em atos rituais

que imagino mágicos e irreversíveis

como a criança que aperta os olhos

e diz: “sou invisível”.

Invisível à teia da morte anunciada

em cada parte de mim

que responde sim

à lei da gravidade

e aos desígnios do tempo

esse deus insaciável e possessivo.



(III)

Eu te assusto porque sou dona do meu corpo

Senhora do meu prazer

Faço julgamentos, escolhas

e assumo as responsabilidades.

Pago minhas contas, não preciso do seu dinheiro

nem do seu sobrenome ou de status.

Me libertei de todas as expectativas e ilusões sobre voce

sobre o amor, sobre a vida

Vivo a liberdade de quem tem os pés no chão,

os olhos no sempre horizonte,

a cabeça centrada no coração

e o coração, no brilho da própria estrela.



(IV)

Eu quero o amor maduro

que desconhece qualquer forma de coersão

que não vive de expectativas irreais

que é tolerante, flexível.



Eu quero o amor parceiro

que ignora o que seja carência

porque é rico e só quer

multiplicar suas riquezas.



Eu quero o amor paciente

Sem pressa, solto na vida

o amor ao vento,

amor por tudo e por nada



Eu quero o amor desapegado

que domou a urgência dos desejos

que dança nos conflitos

e celebra as contradições.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui