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Poesias-->Vai saber... -- 31/10/2002 - 01:31 (Bruno Diniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nariz

Orifício por onde sinto seu perfume insípido

Que tem gosto de domingo

Ou por onde cheiro

O pó de sua inexistência fedida



Nariz, napa, fucinho, cheirado

Aspirador de pó, ou qualquer outro!

Tanto faz, é tudo a mesma coisa

Que no fim não lhe serve para nada.



Pois tudo, tudo é abstrato

Não importando se sentido ou objeto

Nada é realmente real...

Porque se tudo realmente existisse!

Tudo pensaria, ao invés de

Depender da flexibilidade do rabo da lagartixa

E do amarelo das flores

Que um dia já foram verdes

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