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Poesias-->Desencanto -- 29/10/2002 - 21:30 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desencanto



À tona dos meus olhares

Flutua o desencanto

Os braços não alcançam

A outra margem da vida

Insulares permanecem os olhos

Na amplitude que não enxergam

Inexorável perspectiva

Ainda o imponderável

A soçobrar minha fantasia

Em meio ao bocejar

Do que tanto se desejou

A realidade que me desperta

Bebe do meu sonho

E árida de esperanças

Acordo ao lado da dor...



© Fernanda Guimarães

Em 15.10.2002





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