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Poesias-->EXISTIR -- 17/07/2000 - 11:00 (Milka Fonseca) |
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O corpo em carne viva
A pele disforme em ferida aberta
A dor aguda do orgão debilitado
O ácido corroendo a visão....
O pisar em brasas, o autoflagelo
O sangue derramado de um tiro mortal
Navalha na carne reabrindo profunda cicatriz
O punhal atravessando coração...
O pulso cortado... o grito de horror!
O estupro das idéias, o gemido apavorante no meio da noite...
O vampiro a sugar o sangue podre das suas (não tão inocentes) vítimas
A lâmina afiada rasgando a carne...
O odor fétido do corpo em decomposição
A face horripilante do terror
O sangue pisado da indiferença
O céu escuro na negra noite do kamikaze...
A torturante tortura chinesa
Nada é como sentir a dilacerante e deliciosa dor de Existir!
Milka Fonseca. |
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