O céu está coberto por uma nuvem de melancolia,
Tudo está cheio de tristeza e apreensão,
Que vem do ar, do céu, do espaço para o chão.
Espalha-se pelos olhares, pela audição pelas bocas amargas.
Não sinto a luz alegre que vem do alto,
Nem vejo o balé das nuvens brancas pelo céu.
Há todo um ar de quietude expresso em cada partícula de tempo.
As faces da minha gente estão tristes sem compreender.
Nada nesse instante é compreensível, enquanto ponho meu olhar no céu.
Mas que céu? Não posso vê-lo,
Ele está coberto por uma bruma leve, solta pelo espaço.
Os ritmos se alternam pela magia das horas,
Pelos ares escuto o riso das almas que bailam pelas dimensões,
Que passam pela multidão, que andam na multidão,
Que seguem a grande caminhada da humanidade rumo ao infinito.
Meu espírito ainda está preso ao meu corpo
E o meu corpo ainda está preso ao seu constante e inacabável carma.
Carrego o mundo nas costas durante séculos!
O descanso é um oásis perdido no deserto do tempo
E a felicidade é miragem na secura das eras.
Espíritos ajudem teu irmão preso no mundo,
Sois brancas, puras, amigas da igualdade,
Libertai-me, pois tenho uma dívida grande com a vida!
Gira, gira mundo.; gira girassol,
Sou girassol, sou gira mundo.
Já rodei pião, já brinquei de roda,
Rolei bola, rolei a vida,
Vida, feito o grande vácuo no espaço
Vida feita de inércias constantes, movimento uniforme, sem variação.
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