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Poesias-->Oriente -- 21/10/2002 - 12:01 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se eu disser o que sei de mim...

As horas de um dia não seriam do tempo o quanto gostaria de ficar ao teu lado.

Descobrir nas trevas de cada noite, a carne da pele do teu corpo, cuja loucura está há muito quieta sob um grito de prazer, a pedir inssistentemente uma só oportunidade.

Sentir da boca a fome que come os meus beijos, substanciada por um desejo ardente. E das mãos atrevidas, a força bruta que em carinhos animal, despertas-me ao absurdo, cujo só instinto sabe o que fazer.

É um querer,

Uma febre que arde a alma, fazendo o sangue brotar, em sal e água por todo o corpo. Não respeitando limites, não respeitando o tempo, vencendo o cansaço.

Serei você em voz e em vida.

E tu serás minha na mesma medida.

Se eu disser que é amor, com certeza tu do outro lado vislumbrará esse prisma.

Ah meu amor!

Esse exílio, se a ti padece,

A mim já enlouquece.

Contudo, em breve, antes que a morte nos envolva em seus mísseros braços, haveremos de construir sobre esse pecado, a obra divina do prazer...

O amor.

O nosso amor.
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