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Poesias-->Ermo e quedo -- 17/10/2002 - 18:33 (Marcelo Santos Barbosa) |
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Ermo e quedo
Sem descanso, sem sono, sem amor...
Lá vai meu corpo: forma incomunicável, desarticulado e sofrível,
Lá vai meu corpo navegando num mar de aço e concreto, pobreza e incensatez,
Incomunicável...
Insensível a bondade, carinho e amizade.
Sem vontade própria, caminha e vê um mundo qualquer...
Será o seu?
Fazedor de planos inúteis,
Operador de maquinas imaginarias,
Indefeso, triste, lá vai ele por onde só Deus sabe.
Lá vai meu corpo,
Avista um jardim multicor,
Indefeso a unidade cinzanegra da cidade.
Os pés estranham o verde,
Enquanto as mãos sem conhecimento
Destroçam um lírio que se eleva no horizonte
Assassino sem culpa ou conhecimento...
Lá vai meu corpo: ermo e quedo, desarticulado, incomunicável e assassino.
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