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Poesias-->Escravo da distância -- 17/10/2002 - 13:12 (Rafael Coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Escravo da distância



Hoje me declaro escravo da distância,

Achava-me senhor de mim mesmo

Tinha certeza de que o amor estava perto.

Revelo agora uma profunda ânsia,

O coração ferido e cansado vaga a esmo,

Não aceita que seu destino é certo.



Distante daqui vive uma bela senhora,

Tem seus filhos e tem seu marido,

Porém se inflama seu lindo coração.

A conheci, bendita e maldita hora,

Pensávamos numa brincadeira sem sentido.

Foi crescendo em nós notável atração.



Agora cada minuto que vivo só,

Espero um novo encontro virtual,

O tempo passo, nela sempre pensando.

Bela senhora, por favor tenha dó,

De quem te ama de maneira atual,

Batendo as teclas e divagando.



Agradeço inovadora tecnologia,

Que me trouxe essa bela pessoa,

Tão linda, criativa e inteligente.

Muda-me da tristeza à euforia,

Dá-me rumo quando estou à toa,

Alegra-me se fico descontente.



Mas dessa paixão proibida,

Nada surge mais que a dor,

De estar tão longe e não tocar.

Sinto a alma duramente agredida,

Por tão doce e tão cruel amor,

Do qual não posso e não tento libertar.



Fica ela por lá e eu por aqui,

Teclando e conversando e amando,

Sem mais futuro que um beijo em sonho.

Sonhando que um dia eu parti,

Deixei tudo o que tenho e fui andando,

Abandonei esse tédio enfadonho.



De olhos fechados e mente aberta,

Cordilheiras e vales deixo para trás,

Buscando o lugar em que se esconde.

Neste sonho o coração ainda aperta,

Sigo o destino, traiçoeiro ou audaz,

Busco a mata perguntando “aonde?”



Quando chego ela está à minha espera,

Apenas um longo beijo é o que desejo,

Que ela me concede num momento premente.

Nenhuma emoção em mim se protela,

Tanto vivi, e senti neste ensejo,

Que posso morrer agora, estou contente.



© 2002 Rafael Coelho
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