Sou um ser abstrato
Vivendo a forma de outro.
Não tenho sequer tato
Para sentir o que acaso encontro.
Sou uma origem:
De quem?
De mim?
Ou de outro que esta por vir?
Meu corpo e um espaço sem luz, sem som: tranqüilo,
Onde por vezes descanso do horror do mundo.
E um abrigo impenetrável
Onde sufoca, agonizante, minha falsa essência.
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