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Poesias-->Funesta Mictlan -- 13/10/2002 - 11:44 (Filipe Eduardo Berger Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Funesta Mictlan



Funesto reino de dor e sofrimento

Gélida, sombria terra do nada

Espasmos de amargurada esperança

Agonizantes espíritos decaídos

A procura de sua inimaginável destruição



Espectros amaldiçoados buscam a vida

Murmúrios de injuria, murmúrios esvoaçados

Suplicantes por absolvição, respostas de condenação

Almas empoeiradas, almas predestinadas

Aparições fadadas à aniquilação



Andando sem rumo e sem porque

Vou sentido amargurantes premonições

Visionárias figuras da dissipação

Dissimulação de minha alma

Consumo da insignificante existência



Monstruosos seres ao horizonte

Movimentam-se magicamente

Silenciosos sinais do meu apocalipse

Verdades do esperado além

Mentiras maliciadas pela esperança



Luto bravamente, mas o fim é concreto

Absoluta e intrépida pintura do vazio

Vazio mundo, esquecido templo de dor

País que se realiza pela inexistência

Ao pó se faz, ó Mictlan lugar do grande nada!

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