LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->testamento -- 08/10/2002 - 20:13 (paulo tiago santos leite) |
|
|
| |
O testamento deixado a todos os seres
inconseqüente e inaceitável
Quem foi que disse que o pobre existe
Que o rico vive em sua esfinge
Que o deus mandou que fosse assim
e não assado.
E se, dobrando pelo avesso, o mundo
Tornam-se os pobres abastados
E cantarolando o grande hino da leveza
Quem dirá a estes filhos que o bem não é da natureza
E o camarim onde os caretas vestem os seus trajes
Pra no dia viverem mortos, automáticos
Será vislumbrada a tormenta do malogrado inverno do bolso
Queira os vivos encantar os mortos,
com suas cantigas de bem aventurança,
e suas lembranças todas perdidas
Imaginam a harmonia do aço
Pois que os mortos estes felizes
Em suas covas de não sofrer o desacato
Que os mesmos vivos, que por eles cantam
São estes os mesmos que os mataram
Ah, sofrilégio de uma poesia mórbida
Mas como cantar a vida se esta não encanta a alma
Restando assim a morte calada
Vivo a esperança desejada
De poder sentir o vento
Como aroma nos cabelos
Daquela bela menina que um dia
No ônibus deixou que eu a cheirasse
Idiotas os caretas, de caras limpas vão à rua
Vender suas mentiras,
conseguem acreditar no produto da ilusão
ou seria a ilusão do produto
acho que já é uma só coisa em suas cabeças
|
|