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Poesias-->meus poemas para reflexão -- 04/10/2002 - 00:38 (Fabio Souza de Sa Teles) |
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Vestimenta da Alma
Abotoe as suas lágrimas e tampe os seus olhos,
não brincaremos mais de cobra cega,
pois eu lhe mostrarei onde está.
Guarde o seu passado em um porão,
E apenas durma como se fosse criança.
Só precisamos da voz
do que resta de amigos,
serenizada no grito de nossas mentes,
só precisamos de alguns minutos,
para esquecer...
e um banquete de risos para podermos sorrir contentes.
seja livre
assim como a galeria de fotos de seu guarda roupa, abaixe os volumes do som das mentiras...
Não brigue comigo e apenas me ouça.
Que tudo não começou... e tampouco foi terminado.
Que tudo que é lindo, nunca se encontra no mapa.
E todas as coisas nobres são tristes
Mas pelo menos esta noite, veremos o dia amanhecer
E eu quero estar em seus braços,
mesmo que não estejam mais abertos pra mim.
Espectro depressivo
Estou me rastejando deixando pegadas de um dia.
Para que você me encontre no trecho das razões
Estou levando seus medos para soltar no precipício
Com uma garrafa para bebermos do amor!
Trague uns gravetos,
as cinzas ficaram frias
O escuro vem me cumprimentar quando sua lua não quer vir.
Morcegos à meia noite
buscando sangue jovem,
uma tumba sem corpo...
você descobriu.
fantasmas dizendo foi um prazer conhecer,
a minha alma penada que agora é sem vida.
No dedilhar de um som,
deus toca flauta nos ventos,
enquanto um demônio assobia na audição de todos os surdos
que nunca ouviram eu te amo!!!
Era Medieval
Rainha & Rei mostram cartas...
Império dos Bispos & bobos
O chão do castelo é xadrez.
Orgulhosos...
dançam no baile de máscara
festejando sobre o preso no fosso.
E amanhece...
Mãos na faca estão à cortar...
A corda que segura a guilhotina.
Inocente... morrerá.
Com a cabeça despencando no balde.
O que ele fez?
Amou uma jovem
Descendente & guerreira de tribos.
A cerimônia procede
capuz silencia a face...
do homem julgando.
Arqueiros no alto vigiam...
Qualquer tentativa de salvação.
Correndo no subterrâneo onde se abriga uma dama
O corcunda procura a mulher vista como feiticeira.
Ela cuidara do cavaleiro no leito, fazendo porções com ervas daninhas.
Na fase terminal por cair de um cavalo.
Ele se levantou nos braços dela.
A sentença se aproxima:
- Por favor! resgatem o plebeu!
O mensageiro corcunda clama!
- Pegaremos os pastores nas vilas
Os mais corajosos!
Cortadores dos troncos das árvores
Caçadores de tigres em grutas.
E o sino da execução está prestes a badalar
E o monge falsário subirá no pêndulo
E o rei sentado no trono lustra seu cetro de ouro
degustando sua taça de vinho colhido por súditos.
E o sol nasce
e morre
Soterrado no monte.
E a mulher que está perdendo seu Homem
chora em uma tenda de palha, mas ninguém ouve.
Ventos...
derrubam folhas de onde camponesas colhem amoras.
Parece estar chegando a tempestade...
No rio...Lavadeiras medrosas lavam armaduras de rebeldes
Que lutarão contra a monarquia.
Mundo
O mundo é o palco,
não quero ser a platéia
que não interpreta em sua vida
o que meu coração esta desejoso
e quer representar.
Epopéia
Eu subi pelas cordas da minha vida
para ver a sua vida acima da torre.
matei dragões sonhando
e me fiz cativo por abrir os olhos.
no terceiro sono...
fui perseguido por um vampiro
e você era a mulher do conde.
de um susto...
minha visão ocular me trouxe.
e a torneira da pia gotejava...
como um sino tocando no crânio.
lá estava eu novamente...
na utopia transfigurada de um frade
e você, uma freira mais bela...
abandonando o convento.
a aurora já se avizinhava...
e as brumas desapareciam.
quando acordei
e lhe conheci...
amável garota morando perto do lago.
Pilar da criação
Ela é linda!
e eu apenas um mero Plebeu.
Eu morreria por ela
E sem ela
Eu viveria sem eu.
Daria o meu mundo
para ver os seus olhos celestes!
rosto de nuvens
e mãos que me aquecem.
fingiria existir
se estivesse morrendo
só para vê – la sorrir
e não vê - la sofrendo.
Entrelaçaria-me em seus cabelos negros
onde mortais não conseguem tocar,
seria um pequeno átomo
perdido...
querendo ser algo em sua matéria.
Nosso País
Em nossa Pátria não há lei
roubaram nossas calças
Estamos nus,
escondendo a vergonha.
nossas crianças brincam no quintal,
enquanto sempre estamos distantes...
E ainda queremos reconstruir um amor.
Hoje garotos se disfarçam de tiras
e morrem...
Morrem como policiais
que dão bala para os nossos filhos,
e sepultam os nossos pais.
Cenas
Meu coração está batendo feito um relógio de bolso francês.
Turbilhões de viagens...
a cada copo espumando de chopp no convés do navio:
Um cabaré de mulheres nuas usando perucas...
E uma princesa saindo dos seios do mar.
Ladrões sobem na proa, grandes monstros marinhos saltam.
No oceano, mirantes iluminam acrópoles...
entrando gárgulas estão sob o topo.
Colunas criptografam, escritas gregas antes de cristo.
Indizíveis palavras que eu não ouso dizer
Subam todos, uni-vos...
estrelas mudam de lado
eclipses mostram...
acontecimentos místicos.
De pé, Homens em volta de um Homem
Condenado ao veneno do cálice.
Ele não se inocenta,
na cadeira seu discípulo Platão chora
com lágrimas quentes.
Ponho-me de canto e passo ver outras coisas
uma águia pousa no ombro do almirante
ele singra... como pirata com as mãos levadas ao leme
falando alto que já conheceu outros mundos abaixo das águas
infernos de almas vagando e gemendo
Divinas comédias de um louco bêbado.
- Por hoje chega de visões, irei ibernar.
Ode à uma Estrela acidentada no mar
Modelo das beldades televisivas
Fotografada pelos focos de uma praia
Cedeu o corpo em viagem.
Como a criança que se perde da mãe num passeio
inocente e frágil...
sobrevôo para dentro das forças da natureza.
guiada por um amor irresponsável
que à deixara boiando nas águas como Ofélia.
não acharam a rosa no mar
A garota não voltou para mais um desfile
outra parte de seu amor não se afogou
Foi filmado pelas câmeras
Tinha tanto preparo, era tão rico
Porque não salvou uma vida?
Pobre mundo onde somos pólen
Das flores sem salvação
Que as preces dos justos
E os olhos de Deus
Façam com que ela descanse em paz.
Muralhas do Passado
Antes que tudo caísse,
Eu não queria lhe ver em ruínas,
cimentei todos os desejos que não estavam no plano,
para tentar te ver de pé.
Acho que sou o soberano de dores que eu mesmo causei, e você:
é a minha Grécia antiga que eu lancei na arena.
Agora o meu mundo é um coliseu sem aplausos.
O que somos?
Vou tomar comprimidos de solidão
para ver se esqueço o Hospital do mundo.
Colocar placas, um outdoor,
para dizer que ainda estamos todos aqui.
E ainda nos apaixonamos...
como se fosse uma primeira vez...
Vamos contar um conto pra dormir,
acho que é toda a história!
Ossos a pó, de nossas promessas,
expostas ao chão de nossas ruas molhadas.
muros pichados dizendo eu te amo!
enquanto em casa a guerra é pregada.
corações perdidos estampados no peito,
quando se perdem em nevoeiro
Vamos mudar nossos reinos
e dizer quem esta no comando.
vamos navegar nos rios de um sentido,
e dizer que ainda estamos sentindo.
Todo dia é dia de escola, e nunca aprendemos a ler um rosto. Sabemos a diferença do céu e da terra,
e criamos o nosso próprio universo.
Não posso calar minha boca, porque o silêncio nunca é constante, mas só queria te dar um beijo e partir para o próximo ônibus.
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