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Poesias-->O Anjo e a Musa -- 08/07/2000 - 20:09 (Jean-Pierre Barakat) |
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O Anjo e a Musa
Todas as noites hão de ser magia...
Acenos de frissons copulando com desejos,
Estrelas galgando a tela do universo...
Um Anjo de luz desce, e a noite emudece...
Nos dédalos das emoções, a certeza esvai-se,
E o coração ceva-se de seiva astral, alto astral...
O corpo, invólucro flébil de uma alma sequiosa
De infinito, cede e concede-se ao fogo salvador...
O anjo acresce o cenário ebrifestivo do enlevo,
E a musa, mãe difusa na luz, gesta versos
Avulsos no enredo do aedo que é merecedor...
Aguardo então a hora propícia, rijo no ermo,
Crio o alicerce criador porejando a alegria
Na foz de minha voz, protraindo hinos angelicais
No cais de minhas quimeras efêmeras...
O Anjo adeja calado no páramo enluarado,
No meu universo disperso de fractais incongruentes,
Exigindo de mim mais uma dulia antes da aurora...
A Musa, usa e abusa de meus ecos penitentes,
Do pai-servo e trovador do amor dos Céus, de Deus,
Insensível aos meus apelos-desvelos de inspiração...
De repente vaga-lumes, sílfides e estrelas-donzelas
Vêm sem decreto no claustro do escriba dos sonhos :
E posso já escutar o choro do Anjo-neném,
Meu novo filho, parido pela Musa, minha amada fiel...
© Jean-Pierre Barakat, 08.07.2000
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