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Poesias-->Confusão Tecnológica -- 29/09/2002 - 20:31 (Floriza Gomide Sales Rosa) |
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Céu e som
Silêncio...
Na tela fria
Do computador
Apenas mistério
Outro som
Teu tom me chama
Na mente solitária
Curiosidade e gana
Imagens que se formam
Pessoas que se transformam
No diálogo das mãos
Na preguiça da abreviação
Quem és? Onde estás?
Não escuto teus ais
Não argumento teu mas
Não quero tua paz
Quero tua pele quente
Quero tua voz rouca
Quero te ver gente
Quero teu nome na minha boca
Esqueça o amarelado
da página que passa
sem graça
Esqueça o suposto tarado
que insiste frustrado
mal amado
Não quero essa conversa
Reservada.; fiada
Não quero tua frase solta
que não diz nada
Nem a fantasia inventada
na ilusão da madrugada
Quero o amor de verdade
Que fala, escuta
Grita, machuca e arde.
Que me congela por dentro
Quando esquece por um momento
Que sou de carne e osso
E que meu sangue corre dentro
Não quero esse papo
Sempre igual
Sem tato, sem sal
Nem a diferença despudorada
Pra chamar a atenção
E despertar o meu tesão
Quero a audácia do encontro
Quero a aposta no encanto
Quero olhos nos olhos
Mesmo quando desvias inibido
Sussurrando inverdades no meu ouvido.
Não quero essa tua máscara
Nem ouvir tuas lástimas
Quero tua pele gasta,
Arrancar tua couraça
E sem dó nem piedade
Te deixar chorando
À vontade
Pra depois de um segundo
Sem nenhum sentido ou intuito
Morrer de rir junto
Nesse encontro fortuito
Não autorizo minha foto
no seu PC
Não sirvo pra papel
De parede
Quero me colar a você
E entrar na tua rede
Não quero deixar
a conexão cair
Quero sair daqui
Quero parar ali
Quero o movimento
E me nego a ficar inerte
Diante da internet
Sou gente, sou fúria
Sou desejo, sou injúria
Sou defeito, mas sou pura
Pura química, loucura
Confusa mistura
De completa lucidez
Nos momentos de embriaguez
Se não posso te ter inteiro
Não quero teu e-mail
Ou teu recado na
minha caixa-postal
Quero todo bem e todo mal
de que o homem é capaz
Mas quero viver assaz,
Sem me esconder
E viver é mais!
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