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Poesias-->Coisas Mutaveis -- 20/09/2002 - 08:25 (Paula Valéria) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Coisas Mutaveis





Fico desapontada e enlouquecida da vida

com a medida de tempo

e esforco

que damos para as coisas mutaveis





Casas apodrecem em ruinas –

paredes descascam, tijolos se lascam

e dao mofo

tubulacoes enferrujam

esgotos entopem

telhados despedacam e criam goteiras

vidros se quebram

e surgem teias de aranhas

e cupins nas madeiras





Carros morrem lentamente

desgastam o motor

o carborador

o vento nao venta mais na ventuinha

sem giro

os freios tem suas pastilhas

que se cabam corroidas

e rompem-se o cabo do acelerador

ficando ele parado na esquina

e sem vida





Roupas desaparecem

desbotam-se as cores

descosturam-se as linhas

e ficam os poidos de tracas.

Sem contar a moda que passa.





E para esses elementos todos

damos a nossa

mais suprema lealdade

e preciosas horas de atencao

na idealizacao de suas conquistas

sendo sempre todas muito bem vistas.





E toda a tecnologia e mineracao

se mobilizam

para produzir

um grampo de cabelo.





E a mutabilidade

traz dinamica

nas coisas

que o tempo

se encarrega

de reciclagem

ou descarte

ou eterno retorno

ao po



Independente

ou nao

do desespero

da fragilidade

do tempo de passagem



Amostragem dos fragmentos

de nossas levianas

e tolas lealdades

na esperanca de vitorias





Mas nada muda

-seja qual for a historia –



O tempo de memoria.

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