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Poesias-->DÊ-ME UM AMPLEXO TEU! -- 15/09/2002 - 17:30 ( Marcello ShytaraLira) |
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DÊ-ME UM AMPLEXO TEU!
Os dias estão passando
Levando consigo minhas memórias
Aquelas que determinado tempo
Ensinou-me ser homem. Fui ingênuo!
Olhei em teus olhos e fechei os meus
Não estava preparado para tua alma conhecer
Embriaguei-me em diversas ruas
Todas inexoráveis, só me acolheram...
Ainda estou de mim mesmo perplexo
Esses hematomas no meu rosto
São os ônus da intolerância
De minha súplica, de meu desespero.;
__Dê-me um amplexo teu!
Das cinzas esbranquiçadas, manchei-me
Marchei entre povos desfigurados
Com suas línguas a serpentearem os céus
Senti ainda a dor que rasgou meu peito
Minha angústia já não suportava mais
Teve que sair, saiu. Não vive em meu corpo
Não tolerou o sempiterno sofrimento
Minhas lentes daltônicas fotografaram
O mundo tornou-se real: magenta!
Agora todos iguais...
__Terei um amplexo teu?
O meu ideal ficou restrito no ideal
Eu tinha apenas que cumprir minha tabela
Viver os anos mediocremente
Apenas cumprindo tabela. Sem interagir!
Aceitar aquele amor manso. Calado. Fingido
Os anos passam e você morre
Depois de morto.; viver no senso do ridículo
É descomunal, despropósito amar
__Puta que pariu! Fale isso para o meu coração
que ainda aguarda um amplexo teu!
Procurei-me nos dogmas da ressurreição
Lá estive nunca dantes tão perdido
Vi todos rastejando, venerando o abstrato
Estavam com medo da rejeição
Suicidei-me neste momento de paridade
A humilhação foi demais. Rios vermelhos
Olhei. Pensei. Ajoelhei-me e orei
__Não me deixes contagiar neste ódio crescente
do não amar. Salve-me. Dê-me um amplexo teu.
Marcello ShytaraLira
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