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Poesias-->Confronto em dia de confraternização -- 13/09/2002 - 16:12 (MICHEL ROSENBLAT) |
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Tropecei em minhas próprias pernas
Quando saía pela porta
Escrevi quireras eternas
Envolvi-me em parva sorte
Tanto aprendemos juntos
Caminhamos lado a lado
Com sentidos perturbados
Receio nos matarmos mútuos
Quantas flechas acertara, dizei-me?
E quantos foram os ardentes dardos
Da espada de dois gumes esquivei-me
Nos mantive a pesados fardos
Já em alguns confrontos
Acabei-me humilhado
Hoje não me acho, não me encontro
Com o tempo tão pilhado
Na última vez escolhi minha armadura
revistei meu arsenal
detalhei minha cobertura
em desvelo venial
Ao perceber uma oportunidade polpuda
Convenci-me ser eficaz
Quando em tuas pernas desnudas
Mirei a minha lança contumaz
Singrei de alto abaixo itinerante
Demarquei cada distância a palmo
Pois a quanto quis este instante
Crera eu estar salvo
Feri ambas em vários golpes
Mas foi na sinistra coxa
Que num revés torpe
As minhas deixaste frouxas
Quando pensei te ablegar
Acabei por exaltar
Pois pensara ser emboaba
Fui vítima de idéia errada
Com o sabor da derrota na boca
eu era levado ao veículo, manco
observando tua retirada louca
com orgulho em teu cavalo branco
Certo é que venceste a batalha,
Longe estás de ser o Senhor da Guerra
Tanto quanto estás do valhala
E o será quem melhor se esmera
O que é a distância longínqua
No campo da memória
Mesmo sem resultado profícuo
Permanecerá registrado na história
Michel Rosenblat 17/12/00
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