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Poesias-->Breve História Infame do Amor -- 10/09/2002 - 03:13 (Ronald Luis da Cruz Jung) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BREVE HISTÓRIA INFAM DO AMOR



Eles estavam se beijando na frente de casa, ainda fazia frio, mesmo com o fim do inverno, os lábios permaneciam rachados e as bochechas rosadas. Ainda no sol fazia um quentinho gostoso que eles aproveitavam se beijando um tempo.

A tarde ja ensaiava ir embora e eles se despediram, e cada um foi para um lado, devagar, penando separar-se...



Duas horas depois a lareira estava acesa e o mundo tinha acabado, ele tinha morrido e ela recém descobrira, em estado de choque, como dizem, ficou de pé, a beira do fogo, calada branca branca.



Que saudade já tinha e agora a saudade era imotal. Não prestava mais atenção a nada, nem queria saber do que a morte, não tinha explicação, ela a tanto tempo acostumada aquele amor e agora nada.



A noite parecia mais fria ainda e o céu estava escuro, de repente, e um vento gelado e barulhento fazia toda a cidade parecer que estava entrando em velório. Ela nunca mais o viu, não o queria mais, sem corpo para lamentar, ela preferia ir acostumando-se com a solidão, eterna.



- Ela sempre dizia que estava com a alma que sentia mais amor no mundo e não era só por ele mas era por todo o mundo, mas agora sentia um ódio de tudo o que fazia parte do mundo, mesmo sem querer saber se isso fosse mudar alguma coisa, nada muda nada, o amargo na boca dela tinha uma razão e ninguém poderia entender. -



Quando ficavam olhando para ela, ela queria estar invisível, e se fazia de surda e muda, e nunca mais falava nada, um dia passado parecia que o mundo já poderia ter sido acabado e criado de novo. E ela ainda tinha tanta dor no peito.



Tanto não comeu que desmaiou, bateu a cabeça na quina de um degrau da escada, e entrou em coma, acudiram-na logo, e ela foi para o hospital, rápido, internada, em uma cama fria que nunca se esquentava em um ambiente muito branco, que ela não gostava, mas ela apenas dormia, e ficava olhando para o nada, muito tempo, sem ou com companhia, saiu do hospital.



Quando chegou em casa viu que tuso estava diferent, a casa tinha mudado de cor, as rotinas mudaram muito, ela nem conhecia quem transitava, e todos diziam entendê-la, que nada.



Aos poucos ela descobriu que ninguém tava dando mais bola pra ela, a dor que ela sentia fazia tempo que já devia ter sido sarada, tanto que não a consideravam mais. Ela também voltou as rotinas.



Dali a uma semana morreu também.
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