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Poesias-->ENCONTROS PERVERSOS I -- 08/09/2002 - 00:21 (Barbara Amar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com esta fina espátula rasgo minhas veias, doces canais submersos, deixando fluir o sangue quente, límpido e rutilante.



Imersa em água tépida, descanso, anemiada, sorvendo vinho branco gelado, seco e rascante.



Bendito prazer voluptuoso que me toma, me consome, qual o êxtase de um orgasmo prolongado.



Embalada pela sonolência que, aos poucos, turva-me a visão e insiste em cerrar minhas pálpebras, aguardo meu fiel amante.



Sinto-o próximo, muito próximo. Seu hálito bafeja minha face. Veio tomar posse!



Sorrio. Lânguida, entrego-me ao devaneio.



Me rendo. Me esvaio. Morro.



Meu desespero converteu-se em alumbramento.





Escrito em 24/06/02

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