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Poesias-->Pacífico nada, maldito tudo -- 06/09/2002 - 18:11 (Flerman Flebers) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com calma agora devo pensar

Como colocarei no papel

Tudo aquilo que por ti sinto

Enquanto o gamay escorre em meus lábios



Eu te quero agora sem pensar

Deixarei tudo apenas fluir

Penso apenas onde está (com quem)

E se te verei hoje novamente



O sonho desta noite foi o último

Não te terei apenas abstratamente

Quero-te toda para mim

Quero deturpar a tua mente



Toca a campainha não é você

Toca uma música sem você

Tocam meu ombro sempre você

Toco a falar bobagem com você



O tempo sempre passa mais devagar

Quando eu estou contigo

Perco-me na métrica mas não importa

Quero apenas desabafar



Posso fingir que não me importo

Mas a solidão me faz desabar

Em oito mil cores e lágrimas

Em oitenta vinhos e cigarros



Só queria que me olhasse

Não quero pedir uma chance

Quero todas elas pra mim

E o teu todo é meu destino



Bate mais forte meu coração

Bate a bebida pesada em mim

Bate uma história com outra

Bate o resultado final da equação



Eu quero te fazer sentir a verdade

Achar bom o que te machuca

Tanto quanto o que te agrada

E sentir saudade de ambos os casos







Nunca antes escrevi tanto

E de ti nunca o suficiente

Não me importa nada

Quem quiser ouvir ouça



A brasa do cigarro me lembra teus olhos

E o vinho me faz recordar o que não vivi

Tu és meu vício, minha sina, minha cruz

Dói-me, me mata, me seduz como a vida



Tiro meus olhos dos teus

Tiros ecoam pelas ruas

Tiro nota em uma prova

Tiro tudo para fora de ti



O que quer?

O que quero?

O mesmo que tu queres

O mesmo que eu quero







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