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Poesias-->AS GOTEIRAS -- 06/09/2002 - 07:11 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AS GOTEIRAS



Uma telha colonial,

Apenas uma telha afastada.

Uma goteira,

Pingos caindo na cerâmica

Do quarto de telhado colonial.

Quarto quentinho e arejado,

Um corpo sonolento

Deitado estirado de braços aberto.

Goteira pôr acaso

Da telha afastada.

Talvez foi o vento ou o gato.

Apenas uma goteira

De um telhado colonial.

Mas uma goteira

De telha cumbuca,

Deixa uma família toda maluca.

Não foi o vento,

Não foi o gato.

Foi o tempo,

Tempo de dureza

Pois a vida não é moleza.

Goteira em chão de barro batido,

Deixa o chão lamiado,

Deixa a casa toda fria.

Numa cama de vara

Um corpo semi nu e encolhido,

Tenta dormir numa noite interminável.

Telha de cumbuca comum,

Derrete com o tempo,

Tempo de barro mole

E de vida dura.

Tempo de panela vazia

E de amargura,

Tempo de esperança,

Esperando fartura.





De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba Outubro de 1997.







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