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Poesias-->fundo -- 05/09/2002 - 00:05 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fundo

gracias de lunna



Depois do pranto,

no meu rosto,

restam dois barcos virados

São as pálpebras fechadas-

trêmulas e brancas

em meio às águas

Olhos que não

podem partir ou chegar

e submergem lentos,

silenciosos, sem luta

Talvez amanheçam

alguns metros à frente,

virados de quilha



Ripas de madeira

Linhas de poesia

não afundam, flutuam

Meu rosto é susto aberto!

Virado à lágrima

Lido em versos

Beijado na testa

Rosto para ser amado

e incompreendido













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