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Poesias-->por que? -- 04/09/2002 - 23:59 (maria da graça ferraz) |
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Carregava debaixo
do braço
o lar distante
o grito mordido
a promessa inacabada
a pergunta
A pergunta: o fardo
mais pesado,
a retornar sobre mim
E ninguém a respondia
Não havia resposta
Nas noites e dias
que compunham vida,
em meus delírios
insones, em meu
desespero, em minhas
poesias...Sempre,
a pergunta a retornar
sobre mim.
E ninguém a respondia
E não havia resposta
E quanto mais a pensava
Mais ela crescia
Mais ela chamava
Mais ela doía
Mais ela perguntava
Mais ela não respondia
Hoje, tudo compreendo...
Hoje, nada explico
Acredito que viver
não é solucionar
Resposta fecha ,
cerca, aprisiona
o coração do homem
Viver é abrir...
Aceitar pergunta nova
Pergunta que resposta
Pergunta que se signifique
Que se denomine
Que "resolve ser"
por conta própria
Que exista na completude
de ser pergunta:
plena, intacta!
Que nunca se perde
e nunca se acha
Que em si mesma,
se basta, simples,
além das palavras!
Sem exigir nada,
a pedir tudo
Que seja fogo da fé
sobre águas da razão
Que seja pátria
sem limite de área
Que seja seno,cosseno
e hipotenusa
Que seja sim e não,
apesar de,mais e menos,
muito pelo contrário,
porque
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