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Poesias-->dúzias mortas -- 02/09/2002 - 21:46 (Isabela Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eram seis dúzias

de crianças mortas

e eu nem chorei.

Sabe por quê?

Porque um dia me disseram:

“Coisas da vida.

As pessoas nascem,

crescem, morrem

e isso é natural.”



Aí vi uns tantos

de propagandas ecológicas

dizendo que o homem é natural.

Natural, naturalmente

e por isso a morte é natural.



Aí uma dúzia de homens dizendo:

“morreu de morte natural?”

Aí eu disse:

“mas a morte é natural!”

“Mas é que às vezes

não morre naturalmente.

Morre de assassinato,

ou de acidente,

ou até de suicídio.”

“Então o que é morte natural?”

“Ah! Quando morre de velho!”



Era meia dúzia

de velhinhos no asilo,

e eu já perguntei

se eles iam morrer.

Todos falaram: “Credo!

Como você diz uma coisa dessas?”

“É que falaram que

quem morre de morte natural é velho.”

“Isso é preconceito!”

Dá pra entender?



AS crianças morreram de doença.

Foi assassinato?

Quem matou?

A doença?

Foi acidente? Foi suicídio?

Sei lá...



Foi por isso que quando ela me disse

que o amor morreu,

eu perguntei se era suicídio,

assassinato ou acidente.

Ela não me respondeu...

Foi pra longe e chorou sozinha.

Dá pra entender?
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