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Poesias-->Lírios em delírio -- 26/06/2000 - 15:51 (Jean-Pierre Barakat) |
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Lírios em delírio
Entulham-se lírios em delírio
No berço azul-rubro do horizonte...
Rumos celestes abrem-se em feixes,
Variegando o vasto mar das quimeras
E dos sonhos astrais, dos nossos ais...
Tu és presente-distante, fluxo-refluxo
Das marés em suas ondas devaneadoras,
Atiçando-me, despindo-me quando quiser...
Olhos nos teus olhos, marulhos estantes,
Constantes na ascensão e na sublimação,
Procuro-te, encontro-te no mesmo lugar,
Nos altos penedos dos meus enredos,
E no lascivo lamento do sentimento...
Minha alma espelha visões angelicais
No escrínio universal das emoções,
Dou-te mil razões para viver, expirar
Tua seiva imortal nas minhas pétalas sequiosas...
No agasalho-regaço dos meus braços
Enfio pérolas preciosas nos teus fios vazios,
Encaixamo-nos em perfeitos, infindos laços
Sempre recusando os quase-gestos,
Despendendo frondosos beijos e afagos,
Regenerando assim o instante fugaz...
E ficamos assim, num tango lua-sol,
Surpresos nos eternos lírios e delírios
Que deificam uma antiga canção...
© Jean-Pierre Barakat, 23.06.2000
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