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Poesias-->UMA ALMA EM QUEDA LIVRE -- 25/06/2000 - 16:46 (João Ferreira) |
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UMA ALMA EM QUEDA LIVRE
Há uma rocha por onde eu vou e me despenho
Para o abismo desvairado e colorido
Do fundo
Na caminhada louca e pervertida das alturas
Sempre quebro a cara nos seixos
À procura de vertigem e sensação
Narcisisticamente me deleito na música da queda
E me embebedo ouvindo a própria voz
Minha força é móvel
Como lava de vulcão disparada
No requinte florido do salto
Lá no fundo há muita voragem e animação
Barulho armado de fim de mundo
Em festivo arco de algodão branco
Ao voar do alto da rocha
O povo me olha abismado
E eu me seduzo na queda
Em busca de horizontes mais profundos
No movimento pendular
Me sinto revolta catarata
Saudosa da sacudida corredeira de tempos atrás
Para onde agora eu olho
Depois da ruidosda festa
Resta a caminhada
Rumo ao mar e às nuvens
Por entre vales e barrancos
Na caudalosa torrente comum.
Jan Muá
Itaipu-Iguaçu 1986 |
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