O AÇOITE DA SAUDADE
Seu corpo fustigava
num requebro impiedoso.
O deleite,
A maciez de seus carinhos!
Seus lábios sedosos
a sugar-me ...
Ah !
Quantos momentos inesquecíveis,
Eternas juras não cumpridas,
Entretanto, sabidas.
Onde andará você,
Que há tanto tempo silencia ?
Vez por outra
O açoite da saudade em visitar-me.
Por toda a vida
Mentalizo sua imagem .
Tal qual a bela rosa
Que fenece em algumas horas,
Eu acreditava
Ser efêmero o nosso momento.
Contudo, esqueci,
que o verdadeiro sentimento é infindo.
Hoje,
Esta dor machuca
De forma voraz e abrupta.
Sinto-me a pior das criaturas,
mergulhado no desconforto abominável,
que permeia todos meus sentidos.
Retraído em meus valores.;
Adormeço, decaído,
com minha duvidosa auto-estima.
Paulo Izael
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