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Poesias-->VELA PARA GALDINO PATAXÓ -- 25/06/2000 - 11:39 (João Ferreira) |
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VELA PARA GALDINO PATAXÓ
Quando a garça branca e o caranguejo
Dormiam no sossego do mangue
E os barcos passavam deslizando no canal
Quando os braços de Morfeu te prendiam
E a cidade adormecida te abandonara
No lusco-fusco da manhã
Iludida a vigilância do anjo bom
O pássaro negro saído do boqueirão do Hades
Aportava ao banco do povo em teu sono
E cobria teu rosto e teu corpo de combustível
Ativo e incrível
Para um inferno total reeditando inquisição
Choramos todos e todos nos chocamos
Impotentes para sacudir e conter psicopatas
E párias e lixos humanos
De uma humanidade em delírio agônico
Já a garça branca do mangue voara para a várzea
E o caranguejo saíra da toca dizendo sim à manhã ensolarada
Quando tu Galdino, na ara do sacrifício
Subias purificado ao Olimpo luminoso
Contando a Deus a história abominável
De cinco terráqueos criação sua
Que descumpriram o mandamento "não matarás"
Silencioso no teu canto do Olimpo
Acendeste uma vela no altar de Deus
Pedidndo perdão para teus assassinos
E caminhos novos para a juventude.
Jan Muá
Brasília 21 de abril de 1997 |
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