Guilherme sempre foi um estranho no ninho em todo lugar que ia. Ele não se interessava pelas pessoas e nem elas por ele. Nenhuma das partes manifestava qualquer interesse. E Guilherme gostava que as pessoas o ignorassem porque desprezava a todos e queria manter o seu mundo fechado. Jamais ele quis conhecer alguém em especial nem nunca desejou ser amigo de alguém. Então nos conhecemos. E eu fui a primeira pessoa que se interessou por ele. Eu quis tanto ser sua amiga que ele acabou querendo ser meu amigo também.
Ele me atraiu com sua poesia inebriante e o seu sorriso inocente. E é isso que mais me entristece: sua falsa ingenuidade.
Agora espero uma palavra.
Só uma palavra.
"Oh,irmão, e eu confiei em você".
Agora espero para matá-lo.
Literalmente.
Coitado de Guilherme. Podia ter sido uma amizade tão bela.