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| Poesias-->Redefinindo -- 23/08/2002 - 12:03 (Henrique Abrahão) |
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O que seria o início
Para o que não nasceu?
O que, de longe,
Seria frio para quem nunca
[viu o vento?
O que diria ao sofrimento
Aquele que nunca sorriu?
Redefinindo a vida,
Ou pelo menos parte dela,
Procuro me referir
Ao que nunca existiu.
E no compasso lento,
O instrumento repercute nas
[esferas:
O tempo, o fato, a fama,
O trato que dão à redefinição
De tudo quanto é estereótipo.
Do lixo, do esgoto,
Da ideologia sem rosto,
Da face sem destino,
Do humilde em desalinho
(enquanto a ironia bate palmas
Para quem não é!).
Redefinindo o ódio,
Teremos homem.;
Redefinindo o amor,
Teremos homem.;
Redefinindo a vida,
Teremos homem.;
Homem-ócio,
Homem sacro,
Homem-homem.
Redefinindo...
Buscando a incerteza na
[certeza,
O acaso na beleza,
A canção no vão silêncio,
O amor na sutileza...
Redefinindo a pobreza dos
[corações,
O afago de mil perdões,
As mil palavras dos mil
[sermões
Que não servem pra nada!
Redefinindo o que se queira
[definir.
Reagir ao imperfeito que se
[quer mudado,
Ao infeliz que se quer que
[não se queira bem...
Redefinindo até mensagens
[inúteis
Dos que se dizem autores do
[perdão,
Que seriam mais serenos em
Não cantar seu sonho vão!
Redefinindo a dor, veremos o
[tempo,
O calendário, o sofrimento...
Como ampulheta e sua areia
[redefinida...
Redefinir enquanto poeta
[de um futuro.;
Redefinir enquanto poeta do
[oculto...
O que seria o início para quem
[não nasceu? |
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