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Poesias-->Amor Real ou Virtual? -- 23/08/2002 - 11:08 (Iracema Zanetti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Amor Real ou Virtual?

Iracema Zanetti





Há que existir explicações plausíveis

que nos convença que a distância física

de corpos que não se conhecem,

nunca se tocaram, nunca se sentiram,

possa ser igual a dor da ausência

e da distância insuportável

que separa dois seres que se amam

que se possuem realmente,

chegando a seus limites,

apenas no encontro de um olhar

que sabe, com ternura, pedir o que deseja,

apenas num abraço, onde os corpos

aproximam-se, encostam-se e, se roçam, sentindo

o desejo do sexo explodir em suas veias!





O amor virtual entre dois seres

poderá ser suportada, superada, transformada

em amor platônico e, transcender-se,

elevando-os a êxtases incompreensíveis,

delirantes de etéreos orgasmos?

Terá o amor virtual esse poder,

ou tudo não passa de fantasias,

de utopias criadas por nós mesmos,

para não nos expormos a possíveis sofrimentos

da realidade, nua e crua da vida, que nos apavora?





Satisfazer necessidades imantadas,

sentir o prazer do gozo sem que haja

toques reais do parceiro (a)

pra satisfação dos desejos naturais

de um corpo que aos poucos

vai perdendo o sentido da vida,

deixando um vazio insuportável

na alma angustiada, sem ver o brilho

do olhar um do outro, viver sem a

poesia do amor, viver mecanicamente

atrás de uma máquina de fazer doidos?



Amor virtual...

Ahhh...

peço desculpas a este amor solitário,

vazio, frustrado que ao ir para cama

encontra a seu lado um espaço vazio e gelado!

Quando, no amor real, é imprescindível

o calor dos corpos colados, pegando fogo,

o suor gostoso, molhando um ao outro.

Coração disparado, voz que grita,

ou em surdina sussurra palavras de amor!

No amor há que se sentir o movimento dos corpos,

como aves bailando, como pirilampos piscando,

como sinos tocando!



Há que existir a nudez dos corpos

à procura das formas, dos contornos,

da maciez da pele, do arrepio prolongado,

do perfume do corpo, dos beijos na boca,

de mãos procurando seios,

de mãos procurando protuberâncias,

de uma voz abafada e rouca

de tanto gozo dizendo:

Amor... Como eu te amo!!!





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