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 | Poesias-->Loucura -- 23/08/2002 - 04:12 (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA/Alcir J.T. de Souza) |  |  |  |  |  |
 | LOUCURA 
 
 
 
 
 Quem me vê nestas calçadas,
 
 encolhido nas portas do sonho,
 
 molhado e rasgado pela tempestade,
 
 com jeito de louco
 
 nos lábios um riso maroto.
 
 Pensará apenas,
 
 nas trombadas da vida
 
 e dói em teu peito o saber
 
 que amanhã serei noticia.
 
 E, no entanto,
 
 Na pressa pra qualquer compromisso
 
 deixará certamente caído
 
 no medonho abandono um amigo.
 
 
 
 Sou pedaço de noite
 
 sou máscara do dia,
 
 sou o beijo,
 
 o açoite,
 
 o desprezo e a agonia.
 
 Sou pedaço de vida sem chão
 
 sou mais um bêbado na garrafa da vida.
 
 Sou calçada suja, molhada e serena,
 
 sou teu cuspe
 
 tua hipocrisia.
 
 Sou para ela a verdade,
 
 o exemplo ,
 
 a bondade.
 
 Para ele o oposto
 
 carcaça sem vida
 
 pulha sem saída
 
 mais ainda , sou seus medos
 
 sombras em ruelas perdidas.
 
 
 
 
 
 Sou voz que não canta,
 
 acalanta ou faz sorrir.
 
 Sou grito calado
 
 moinho quebrado
 
 mendigando teu beijo, teu riso mal dado.
 
 Sou aparências do que sou.
 
 Não rias, cuidado,
 
 eu sou desertor
 
 dou-te um conselho
 
 não me faças um favor.
 
 
 
 
 
 Sou noite sou dia
 
 sou verdade ou fantasia,
 
 louvado sou desgraçado,
 
 sou poeta, sou cantor,
 
 sou menino, sou doutor,
 
 sou morto-vivo
 
 dou-te um conselho :
 
 _Não me faças favor.
 
 
 
 
 
 
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