Oh Estrelas! Celestes luminárias,
Dai-me um pouco de vossa indiferença
Para com as cousas terrenas,
Dai-me à mim, pessoa solitária.
Vós olhais para a Terra, imparcial
Para a alegria, vida, amor,
Tristeza, morte, tédio, dor.
Não vos existis nem bem nem mal.
Nas trevas do espaço sideral
Derramais, imune, seus raios prateados,
Frios prantos, gélidos, encadeados.
Vós preocupais com vossa beleza total,
Não lhe tocam a mesquinhez terrena,
- Dai-me, por favor, vossa indiferença.
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