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Poesias-->Canção de Amor sem Melodrama -- 18/08/2002 - 13:57 (Paulo Belushi) |
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Não escape como uma lesma
De minhas lerdas mãos.
Não queira tornar-se minha
Caça eterna e inalcançável.
Não quero tornar você
Minha posse deplorável.
Mas quero-lhe como amigo
Dos tempos medievais.
Quero-lhe em minha cama
Em todos os carnavais.
Eu não vivo sem você,
Você bem menos sem mim.
Quero lhe cantar no ouvido
Canções de Antônio Jobim.
Andar no Ibirapuera
De mãos dadas vendo o lago.
Ou assistir um teatro
De graça no centro de São Paulo.
Depois comer um torresmo
Em um boteco gorduroso.
Abraçar-lhe apertadinho
No inverno rigoroso.
Quero lhe dizer baixinho
Bobagens sem sentido algum.
Por fim, quero me lembrar
De você quando dormir
E acordar no dia seguinte
E esperá-la na calçada
E beijar-lhe com requinte
Até vir a madrugada
Quando então, sem mais nem menos
Vamos cada um pro seu lado
E dormiremos felizes
Por ter imensamente amado.
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