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Poesias-->A CADA VEZ DE UM ACASO -- 17/08/2002 - 20:33 (COELHO DE MORAES) |
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A CADA VEZ DE UM ACASO
-Coelho De Moraes-
Os prazeres de seu imaginário
como um sopro despojado de sua melodia
um jorro contínuo de imagens e figuras
sem ordem nem lógica
um refluir em narrativas
como o choro e grito das Fúrias
A horizontalidade da fala da amante
passando como um rio perpétuo
exala uma história de amor
que o faz escravo de outra amante
sem clara intenção de moral ou qualquer lição
Amar é estar doente
O mundo lhe deve uma cura
Para desencorajar a intenção do sentido
é necessário uma ordem sem significados
Não se deve construir monstros
no caso
monstros que seriam as virtudes
Uma certa filosofia do amor
Uma certa afirmação de uma alegria crônica
e cômica
O apaixonado é montado de pedaços
Uma criatura de suspiros e lágrimas
partes costuradas, membros alienados
sobras da própria vida
um banquete platônico
onde o homem é uma ponte entre dois mundos
Eu que amo lhe passo a arrogância
dos meus pecados
e em troca eu quero
a juventude de sua pele
a memória de lugares
a inocência do imaginário
o seu vazio ocasional
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