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Poesias-->Cidade de Valença -- 13/08/2002 - 21:42 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De ti, amada Valença distante,

De saudades choro e morro.

Afogado pelo maelstron das ruas engarrafadas,

Da negra fumaça do concreto,

Da constante ditadura do Tempo X Distância,



Quantas saudades sinto do teu carinho!



Cidadezinha amada, pelos governantes, maltratada.

Cidade que é orgulho e mãe gentil!

Quanta falta sinto deste meu ninho,

Dos passeios pela Orla do rio Una

E da mão protetora do amparo.

(E do mercado demolido, pioneirismo tecnológico

Onde altivos magarefes trabalhavam

E que poderia ter sido nosso Mercado Modelo).



Sinto saudades de te cruzar a pé,

Meio dia de sol a pino

Enquanto voltava do colégio

(E havia o bomboniere do Calçadão,

Com doces sonhos de bombons e guloseimas

Que nos encantavam, a nós estudantes famintos)



E de te cruzar, Ponte General Inocêncio Galvão,

Passar pelo velho e negro rio Una

Repleto de canoas e saveiros e escunas

Trazendo pescados do mar e levando turistas paras ilhas.

No meio do rio, ainda se ver a sombra

Da Industrial chegando e da ponte

Se abrindo e o algodão chegando para a fábrica de tecidos.



Sinto saudade da Vila Operária,

Gêmeas múltiplas, juntas, de pele amarela

E sorriso verde de portas e janelas.



E das noite boemias no Jardim Novo

E do sempre reformado e mutilado

Jardim Velho (até quando?).

Cidade de mil jardins e praças:

Bandeira que já foi Pó de Serra,

Triana de folguedos infantis,

República (do teatro e do coreto extinto),

Adro do Amparo, rainha de Valença e soberana do Brasil

Getúlio Vargas e seus operários.

Praça em frente da casa de minha avó

Que tantos brinquedos brinquei a noite

E das árvores que fui senhor e rei.



8 de novembro, festa da padroeira dos operários,

Nossa Senhora do Amparo.

Ainda me lembro de tua procissão

Percorrendo a cidade:

Vila Operária, casa de minha avó, Burgo.;

Ponte, Paço Municipal, Rua das Caladas (onde papai nasceu).;

Rua da Taboca e entrando pelo Jardim Novo.;

Rua Marquês até a colina de nossa rainha soberana.

Após a missa, o cheiro da maça do amor

E as luzes do parque cavalgavam pelo nosso sentidos infantis

Como o sonho colorido avassalador.



Velha Valença de versos furta-cor,

Quantas saudades sinto de ti.

Em breve, querida namorada,

Voltarei para em teus braços e seios dormir…

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