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Poesias-->ELEGIA NUCLEAR. -- 08/08/2002 - 21:00 ( Marcello ShytaraLira) |
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ELEGIA NUCLEAR.
Deu-se fim na melodia de vanguarda...
Desencadearam-se os gemidos nas trevas do além
Vingou-se nos simplórios inocentes
Por outorgarem o erro do inteligente...
A maldição da relva ilusão...
“Ire dormitum”
__De outrora um belo Éden...
Diante tua visão fabricaste cegueira
Para não presenciar peles derretidas
Teu áudio numa sórdida surdez
Camuflou os horríveis gritos no ar
“Sonus mirabílis auditu”
Restando apenas uma nuvem plúmbea...
__E os Clorofilantes: unidos numa cortiça só...
Emudeceste ao ver os civis em terror
Por isso és morte. No panorama das...
Células a dilacerarem, por onde vais...
Não terás tua sorte ó errante pisante
Sentenciado foste à praga eterna
“Res digna memoratu”
__Mero tributo pago!
Ajoelhe-se diante os preceitos da sabedoria
Não almejaste tu um futuro promissor?
Agora cuspa você de você mesmo e interceda
Salve o mundo da contaminação...
Deste e sempre o mesmo: poder corruptível
__Res facilis dictu...
Mostre a estes pequenos eternos servos seres
Que este tão esotérico ignorado grande mundo
Está para desprender-se do colo infinito
Tua ambição por botão explodirá o coração
Diga-lhe: o amanhã manhã não mais haverá
__Pois o ontem deixou de acontecer pelas minhas mãos
Mas covardemente tu foges...
Não leva a sepultura aos conhecimentos
Destes tão sofridos e tatuados ignorantes...
Diz apenas que é o progresso...
Porém omiti: da vida, também, é o reverso
__Dictu opus est:
“Meu progresso, meu progressinho, vamos todos progressar
Minha usina, usininha, no amanhã venha me sepultar...”
__...e para aliviar esta agonia coletiva incessante..., as lágrimas de Dante!
Marcello ShytaraLira |
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