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 | Poesias-->QUARTETOS -- 19/06/2000 - 21:03 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga)  | 
	
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Quarteto
  Quarto sem teto
  Quarteto sem medo
  No teto o quarto ao avesso
 
 
 
 
  Transito no tráfego louco
  Poeta surdo, mudo e rouco
  Fala ao deserto
  Naquilo que tinha algo incerto
 
 
  Transitar-se ao meio do éter 
  Afugentar-se da peste
  Fornecer cores
  Jovens autores
 
 
  Foge o Lorde
  Príncipes e reis
  Debies e Loydes
  Volks e Ford
 
 
  Fruto pão
  Pé de anão
  Trem na estação
  Veneno na mão
 
 
  Chupa chupa
  Neném mama
  Troca de mama
  Foge da cama
 
 
  Pijama sujo de lama
  Falta de cama
  Mijo de criança
  Lençóis molhados
 
 
  Armário sem peixe
  Aquário sem roupa
  Água que não deságua
  Partida sem mágoa
 
 
  Julião e Rometa
  Cantando opereta
  Som fugindo  pela greta
  Púbis na cor preta
 
 
  Avanço na massa
  Pão de alho
  Recheio no meio 
  E por fora agasalho
 
 
  Durmo na rua
  Contemplando a lua
  Fazendo companhia para o frio 
  No copo vazio flor de lírio
 
 
  Toco a tecla
  Brinco de boneca
  Sou o personagem do poeta
  Dançando na tela
 
 
  Vá devagar
  Sem pressa de chegar
  Tirei a pilha
  Fim da energia
 
 
  Sopra minuano
  Entra ano e sai ano
  No chiado da tela
  Os mesmo enganos
 
 
  Na noite fico que não me agüento
  Com essa dor que é um tormento
  Segredo do poeta de porta aberta
  Coração fechado e lágrima seca
 
 
  Lá em cima daquele céu
  Alguém esqueceu o poema
  Sem rimas, versos e tremas
  Sobraram letras, mistério e dilema
 
 
  Canto no canto sentado num canto
  Desço o tom sem manto
  Político sem mandato
  Fujo correndo pro mato
 
 
  Doidice e bobice
  Frescura das boas
  Pau firme para remar canoas 
  Vento na noroeste dorme capitão na proa
 
 
  No quarto escuro
  Enxergo um muro
  Vejo um portal
  Viagem astral
 
 
  THA©KYN
  19/06/2000
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