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Poesias-->irreversível -- 04/08/2002 - 02:08 (maria da graça ferraz) |
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Irreversível
gracias de lunna
Meu quarto
tinha uma janela
Entre eu e o mundo:
a janela
Uma janela comum:
quadrada
de tijolos e de alumínio
acorrentada
De onde eu via
pedaços de rua,
de túnel , de edifícios,
de uma pedreira
Rua Constante Ramos
esquina com
rua Pompeu Loureiro
Uma menina à janela
no Rio de Janeiro...
Sempre o mesmo
cenário exibia-se
à minha janela
Só o céu se mexia.
Às vezes, claro.;
outras vezes, escuro
Tudo era tão irremovível
que pensei ser esta
janela um tipo de cortina
engomada e dura
A janela na parede
era quadro à óleo
Mais irreal do
que a arte
Porque a tela era
uma tela
mas a janela, até hoje,
não sei o que era
Se eu inteira,
o quarto de mim,
divide-se meio a meio
entre Constante Ramos
e Pompeu Loureiro
Entre o real e a quimera,
longos e longos anos,
só agora sei sabê-la
Ó Deus , a janela, a janela...
Ela é que me olhava enquanto
eu passava através dela...
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