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Poesias-->Apenas um cyberpoema... -- 29/07/2002 - 11:05 (Fatima Dannemann) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Apenas um cyberpoema...



Fatima Dannemann



O computador reflete a alma do seu dono.

uma alma caótica sempre esquece

onde estão os seus arquivos

e acumulam bite desnecessários de detritos

na memória.

Almas centradas

guardam apenas o necessário em seus HDs

como se a vida fosse um hard disk

em que tudo pode ser formatado e deletado

basta não ser usado.

O computador guarda secredos

em arquivos ocultos.

E de repente, alguem acha uma receita

de um prato provado em um jantar qualquer

em mil novecentos e já foi há muito tempo...

Pratos que jamais serão feitos

ou provados novamente

e a receita é apenas uma vaga lembrança

que não substitui o gosto

que não traz de volta o rosto

ou os gestos

de quem sentou à mesma mesa

naquele jantar.

O PC, como o ser humano, não tem memória

tão grande que não precise,

de vez em quando, de uma boa limpeza.

Num momento de lucidez

o dono - ou usuário - remove arquivos danosos

ou arquivos daninhos...

Tira do icq contatos não mais vistos

assim como amigos que perderam-se na poeira do tempo,

velhos colegas de escola

ou menininhos que brincavam na mesma rua

nos tempos da infância.

E nesse momento

de centramento,

algo sensato, algo zen,

deixa-se apenas aquilo que pode ser proveitoso.

Mandam-se os zips para a lixeira,

assim como rasgamos velhos papeis

que não servem para nada.

E, quando abrimos a tela,

mental ou de vídeo,

a imagem é sempre a mesma,

a vida escaneada em algoritmos,

seja lá o que isso signifique.

O computador é o reflexo de quem usa.

Assim como o coração é como uma caixa de e-mail

onde salvamos os amores

e guardamos os amigos.



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