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 | Poesias-->MEDO DA MORTE -- 28/07/2002 - 09:57 (Paulo de Goes Andrade) |  |  |  |  |  |
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 MEDO DA MORTE
 
 
 
 
 
 - Senhor! Eu me confesso acovardado
 
 Para sair da vida para a morte,
 
 Mesmo sabendo que a essa mesma sorte
 
 O homem, desde Adão, foi condenado.
 
 
 
 Embora alguém me ajude e me conforte,
 
 Me convencendo, então, que, do outro lado,
 
 Um bom lugar  p´ra nós há reservado.
 
 Mas, mesmo assim, eu não me sinto forte.
 
 
 
 A incerteza disso me angustia.
 
 Não sei se existe paz, nem alegria
 
 Nesse outro mundo tão desconhecido!
 
 
 
 Tomara que não seja a desventura
 
 De tudo terminar na sepultura,
 
 No pó da terra, de onde eu fui nascido!
 
 
 
 Paulo Góes
 
 27 / 07 / 2002
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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