Saia traçada, e salto alto,
nuca descoberta,
maquilhagem discreta.
Mala a condizer,
fragrância adocicada,
andar decidido pela estrada.
E o dia acaba.
Vem a noite matreira,
sorrateira,
despe a roupa de caseira,
unhas para fora,
que a vida começa agora.
Desenvolta,
desinibida,
batom vermelho,
perfume da vida.
À noite ela é arisca
ninguém a ata,
nem preconceitos
nem algemas de prata.
Ah…à noite,
à noite, ela é gata !
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