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Poesias-->FRIO -- 15/06/2000 - 00:14 (Leticia Beze) |
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FRIO
(Une hommage)
Sua boca,
Inferno translúcido,
Me ressuscita.
Seus cantos malditos,
Suas orações ritualísticas,
Quebram
Como cantos de paredes
Entre esfinges enigmáticas
E minha dor já tediosa.
Bata a porta
Na minha cara de pedra-sabão.
Não serei sua argila.
Nasci com sua inspiração
Predestinada.
Trouxe para meu esconderijo
A matéria de seus sonhos.
Mãos geladas
Em todos os lugares.
O cais te despertou
Um leve barulho de água,
Nunca saiu
Do seu ouvido de cachorro atropelado.
Anjo catastrófico da minha inocência.
E a voz surgiu.
Greta Garbo.
Sua voz parou.
Apocalipse.
Faca.
Wild.
09-07-96
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